sábado, 10 de outubro de 2009

É cedo para acreditar?



No negócio onde atuamos, que envolve a construção e reforma de pontos de venda os primeiros problemas decorrentes de um mercado aquecido já começam a aparecer, como por exemplo alguns fabricantes de equipamentos já não conseguem mais entregar produtos em prazos razoáveis. Instaladores especializados também já começam a dar sinais de estarem ficando saturados de pedidos, levando a preços sem descontos, enquanto observamos que alguns custos de operação vão se elevando por excesso de demanda, como por exemplo o aluguel de uma nova sede maior para a empresa.

Toda nova situação gera naturalmente desconfiança e insegurança. Afinal, a semente de alguns problemas enfrentados no mundo coorporativo surgem em épocas como essa, onde os negócios são dimensionados para um cenário positivo, com custos operacionais cada vez mais altos.

O que fazer? Investir e acreditar que o mercado continuará aquecido? Ou aproveitar o momento positivo nas vendas e arrumar melhor a casa, se preparando para algum imprevisto?

O varejo está no alto do processo de recuperação da economia, como um dos setores menos afetados pela crise, realiza investimentos que estamos notando como nunca vistos e que serão melhor verificados nas ruas do Brasil em 2010, quando o que está no papel virará realidade.

Lembremos a aptidão do brasileiro em sobreviver a inúmeras crises, e depois de tanta descrença em nosso próprio país, contra qualquer previsão já viramos credores do FMI e somos considerados "Investiment Grade". Assim, o varejo pode estar encontrando uma via segura para o futuro, com indicadores sociais dando sinais de sólido desenvolvimento e a economia interna mais forte do que nunca.

Não sabemos se é cedo dizer que a crise acabou, mas seguramente já seria tarde para os varejistas que andaram investindo no meio da crise e confirmaram que não temos tempo a perder.

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