sexta-feira, 19 de outubro de 2007

A emoção de ser arquiteto




Não estou falando do status, coquetéis, tapinhas nas costas, dinheiro (?) ou a oportunidade de liderar vários profissionais e planejar investimentos milionários. O que a arquitetura realmente trouxe de mais importante para mim foi algo diferente: a chance de aplicar toda a minha capacidade profissional e com isso fazer parte da história do sucesso de pessoas especiais.

Vamos pensar na seguinte situação. Em uma quinta-feira atendo um cliente que está cheio de dúvidas e com medo de perder o que vai investir. Falo para ele com sinceridade, tudo vai dar certo, afinal, já participei de coisas assim tantas vezes que nem consigo contar.

Daqui a alguns anos me dirá a mesma história do meu outro cliente, ou já seria um amigo, da terça-feira seguinte.

Naquela terça-feira viajei 600 Km e, como de costume, me hospedo sempre no mesmo hotel. Nessa ou em outra visita, não importa, conversamos em um churrasco, falando dos novos projetos e das obras que estão finalizando. Alguns lembram do primeiro comércio que seu pai fez, como foi difícil, uma aventura que deu certo e que agora gera centenas de empregos, movimentando a comunidade, gerando riquezas e novos investimentos.


Claudio Yoshimura

terça-feira, 9 de outubro de 2007

SAC virou palavrão


De forma insistente e repetitiva, grupos, empresas e nações chegam ao ápice do poder, seja lá em qual seja sua esfera, regional ou mundial, e acabam entrando em decadência mais cedo ou mais tarde. Isso contece com tudo no universo, até mesmo com as estrelas.

Empresas nascem, crescem, entram em declínio e...pois justamente as empresas que hoje se encontram no topo pensam que estarão no alge para sempre e agem como se não estivessem ameaçadas pelo inevitável, abusam de sua sorte, desfrutam do direito de errar como se isso fosse um luxo para poucos, se deleitam com o espaço que seus fundadores conquistaram a custa de muito suor e lágrimas, em um festival de bobagens e atos inescrupulosos comparáveis aos dos últimos imperadores romanos.

Fico perplexo quando ligo para alguns serviços de atendimento ao cliente, o temível SAC de empresas de grande porte.

Deixando de lado aquela gravação cansativa que nos manda apertar o teclado do telefone inúmeras vezes, outro dia minha esposa ouviu do plano de saúde: "-Não avisamos das mudanças de procedimento aos nossos associados pois eles são muitos e não temos tempo de fazer tantas cartas". Outra pérola, quando tentei desativar imediatamente o serviço de um dos celulares em uso no escritório o atendente me disse: "-A mensalidade do seu plano vencerá daqui a 3 dias(...) somente após 72 horas uma atendente retornará sua ligação para efetivar a desativação (...) que só poderá ocorrer no mês seguinte".

Como entender que um serviço de atendimento exponha uma marca a essa degradação e convença imediatamente o consumidor a comprar o produto ou serviço do concorrente? Isso não não parece inteligente.

Valores básicos que deveríamos praticar como um hábito da nossa educação pessoal estão sendo esquecidos em uma grande fatia do mundo corporativo. Com certeza não impunemente.


Claudio Yoshimura