terça-feira, 9 de outubro de 2007

SAC virou palavrão


De forma insistente e repetitiva, grupos, empresas e nações chegam ao ápice do poder, seja lá em qual seja sua esfera, regional ou mundial, e acabam entrando em decadência mais cedo ou mais tarde. Isso contece com tudo no universo, até mesmo com as estrelas.

Empresas nascem, crescem, entram em declínio e...pois justamente as empresas que hoje se encontram no topo pensam que estarão no alge para sempre e agem como se não estivessem ameaçadas pelo inevitável, abusam de sua sorte, desfrutam do direito de errar como se isso fosse um luxo para poucos, se deleitam com o espaço que seus fundadores conquistaram a custa de muito suor e lágrimas, em um festival de bobagens e atos inescrupulosos comparáveis aos dos últimos imperadores romanos.

Fico perplexo quando ligo para alguns serviços de atendimento ao cliente, o temível SAC de empresas de grande porte.

Deixando de lado aquela gravação cansativa que nos manda apertar o teclado do telefone inúmeras vezes, outro dia minha esposa ouviu do plano de saúde: "-Não avisamos das mudanças de procedimento aos nossos associados pois eles são muitos e não temos tempo de fazer tantas cartas". Outra pérola, quando tentei desativar imediatamente o serviço de um dos celulares em uso no escritório o atendente me disse: "-A mensalidade do seu plano vencerá daqui a 3 dias(...) somente após 72 horas uma atendente retornará sua ligação para efetivar a desativação (...) que só poderá ocorrer no mês seguinte".

Como entender que um serviço de atendimento exponha uma marca a essa degradação e convença imediatamente o consumidor a comprar o produto ou serviço do concorrente? Isso não não parece inteligente.

Valores básicos que deveríamos praticar como um hábito da nossa educação pessoal estão sendo esquecidos em uma grande fatia do mundo corporativo. Com certeza não impunemente.


Claudio Yoshimura

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